Pesquisar este blog

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Líbia




    A história recente da Líbia é marcada por um golpe de estado em 1969 que levou um grupo de militares radicais islamicos ao poder, que expulsou do país contingentes militares estrangeiros que estavam no país desde 1953. Os bancos e jazidas de petróleo foram estatizados e instaurou-se uma república socialista, militarizada às custas do petróleo dali extraído. Presidida por Muammar al-Kadahfi desde 1970, a Líbia vive relações internacionais bastante conturbadas, tanto com os países vizinhos quanto com os países do ocidente, tendo sido inclusive bombardeada pelos E.U.A. em 1982, em resposta a atentados contra soldados americanos na Europa. Em 1988 a situação se complicou ainda mais quando terroristas libios plantaram um bomba em um avião americano na Escócia, matando 270 pessoas. Desde então o país passou a sofrer com sanções e embargos ao comércio e tráfego aéreo, pois o governo se recusava a extraditar os dois responsáveis pelo atentado.
      O ponto onde eu quero chegar é que em meio a tantas inimizades, Kadahfi não contava que o ataque que viria a por sua ditadura em risco não seria externo, e sim um levante de sua população, infeliz com distribuição de renda e com o descaso com os direitos humanos. Descaso tal que permitiu que em resposta às manifestações mais de 600 pessoas fossem mortas (este número não é exato, pois não há uma contagem oficial. Autoridades francesas falam em mais de 2000 mortos).
      Apesar das respostas violentas e desproporcionais às manifestações, o ditador está a cada dia mais encurralado, os cidadãos tomaram posse inclusive de alguns campos de petróleo.
      Me parece que não demora muito para um desfecho dessa situação, embora Kadahfi diga que só sai do poder morto.
      Não sei se a obstinação do ditador chega a tanto, mas o ponto é que o povo não vai parar enquanto não tomar o poder em suas mãos.
      O que o futuro pós Kadahfi reserva é ainda obscuro, mas acredito que a democracia e a liberdade irão prosperar para o povo líbio, que deveria servir de inspiração, assim como o povo egípcio,  para todos os povos que vivem sob a opressão de ditadores.


             

Um comentário: